segunda-feira, 16 de março de 2009

um poema de amor :)

Uma alma, indivisível, em dois corpos,
Dois amantes adornam a noite nua,
Enfeitiçam, com o olhar, o próprio verso
Declamado por um beijo, à luz da lua.

Adormece, esquecida, a saudade,
Na calçada, percutem os pés suave melodia
Ao som de uma dança, que conduz o momento.
A cada passo, desenha-se, nas estrelas, um pretérito
A cada nota, uma vida, um para sempre.

E a cada beijo, uma nova verdade,
Tal como à noite se adivinha outro dia,
A cada fôlego, maior o firmamento.

No calor dos dois corpos, congela-se o tempo,
Existe apenas o lugar, o beijo, a alma, a dança,
Nada mais que o abstracto, tudo o resto se abstrai...

Silêncio. Falha o piano.

Cada sentido, cada verbo concentrado.
Encontram-se os dois olhares, e sabem que não
Nunca deixará escapar a memória, neste mundo,
Nunca me perdoará a saudade, o desejo,
Nunca, em mil vidas dos Homens,
A noite eterna que, uma vez, passei contigo.

3 comentários:

Élio - Filomena disse...

Muito bom! Gostei! Eterno, é tudo aquilo que dura uma fração de segundo, mas com tamanha intensidade, que se petrifica, e nenhuma força jamais o resgata... Estes são momentos eternos..


é minha ou tua a saliva que largo no travesseiro
pelo teu peito sobem temperaturas de espanto
agora que a luz é opaca e nos refugiamos na sombra um do outro
até que amanheça uma sombra única antes de adormecermos
ou que duas almas iluminadas pela força motriz
olhos nos olhos
sejam duas flechas sem descanso.

o caminho arrepiado de lábios, saliva é do beijo dos dois.

Abraço..

m disse...

acho que não há nada mais bonito que isto ou que este..

;)

beijinhos

*

Sandra disse...

Miguel :|. God, tá LINDOOO!

beijinho Miguel Miguel .... Miguel! :b *